REBINHAS, NOSSO PRESENTE E NOSSO FUTURO “Iniciamos uma campanha que não terá fim, o Projeto Rebinhas. Fomos inspirados por uma galerinha que tem aparecido a cada trilha com entusiasmo, ingenuidade, alegria e um exótico mountain bike”. O futuro do Rebas tem nome. Vários. Luísa, Arthur, Maria Clara, Samuel, Eliseu, Gabriel, Eduardo, Rafael, Mateus, Bianca, Pedro, Maria Luísa, Julia... E, certamente, outros tantos que ainda estão por vir para formar o pelotão mirim do grupo. Esses são apenas alguns dos exemplos de crianças que têm participado recentemente das trilhas do Rebas do Cerrado. Com a alegria típica da faixa etária e o entusiasmo inerente à nova experiência aventureira, elas trazem uma energia especial a todos que as acompanham. Mais que isso, renovam a esperança de todos aqueles que desejam a tão aclamada “vida longa ao Rebas”. Em cada um daqueles pequenos olhares curiosos e admirados está a certeza de que podemos projetar um futuro promissor para o grupo. Iniciamos um esforço de incentivar a criançada a participar das trilhas e conhecer o cerrado que o pai, a mãe ou o tio já conhecem pedalando. No dia 28 de julho deste ano, juntamos quase 20 crianças no Jardim Botânico, em uma programação paralela à trilha oficial do Rebas daquele dia. Foi um evento organizado por Mariana Galiza, Paulo César Santana, o Capitão, e Thiago Melo que providenciou um excelente registro em vídeo para uma grande turma de pequenos ciclistas. Alguns, que trocaram camelbaks por mamadeiras! Todos sujando de terra os sapatos, superando o cansaço e até comemorando as quedas! Confiram a bela cobertura ... Estava lá, pela primeira vez, o João Gabriel, de 10 anos. Levado pelo tio, só tinha pedalado nas ruas de Brasília. Foi com o primo, Vitor Albert, de 8 anos, primeira trilha também. E tinha o Samuel, que estreava a sua bicicletinha nas terras do cerrado. Os seus poucos 5 anos de vida, e com uma empolgação de quem domina a situação! “Elite passando”, o pequeno gritou! Natural para quem pediu ao pai para “pedalar com os caras” e até ganhou o manto Rebas, devidamente identificado com seu nome, para inaugurar na trilha. Já a Maria Clara, a Clarinha, de 8 anos, é quase uma veterana entre os rebinhas. Já fez quatro trilhas e ficou tão entusiasmada que montou um calendário no qual ela marca cada dia que passa até o próximo domingo de trilha. Os pais pedalam, mas foi ela quem insistiu para que eles a levassem. Na primeira vez, a do Tororó, achou que não ia conseguir; mas deu conta e agora, ao que parece, não larga mais! O Eliseu é outro que parece ter nascido pra pedalar. Logo no primeiro fim de semana que aprendeu a girar sem rodinhas, já fez sua primeira trilha. Esbanja simpatia, determinação e disposição, muitas vezes pedalando bem à frente do pai, Lucio, deixando muito marmanjo pra trás! O Eduardo e o Gabriel também têm sido presenças constantes ao lado dos pais. Os meninos, de 10 e 13 anos, respectivamente, fazem parte da autointitulada “Família Lima”, que começou a pedalar unida para incentivar o pai, César, orientado pelos médicos a praticar um exercício devido a um problema de saúde que teve. Além dos dois, pedalam a mãe, Elisângela e a irmã Jéssica. A pequena Bianca, filha do rebas Luciano Anjos, só tem 10 anos e já completou 3 anos desde que fez sua primeira trilha, a Bob King. “Ela tinha apenas 7 anos e uma bicicletinha aro 14, tadinha”, brincou o pai. E assim tem sido; a cada trilha fácil temos visto a presença de muitas crianças, famílias inteiras pedalando juntas, fazendo dos nossos domingos um dia ainda mais especial! Dentre todos os rebinhas, em muitos se pode, desde já, reconhecer o espírito aventureiro típico do trilheiro. Veja-se o Artur! Aos 10 anos de idade, Marrentinho, como foi apelidado, já tem até estrela Rebas, que é conferida a quem finaliza uma trilha da categoria Difícil. Sim, Artur, tendo começado a pedalar em 2011, já completou a trilha Córrego do Ouro, que exige bastante até dos mais experientes ciclistas. Isso foi em janeiro deste ano e causou muita surpresa e admiração entre todos, em especial ao tio Ricardo, quem o levou e é seu maior incentivador. Artur, que também se arrisca no skate, diz que suas trilhas favoritas são a Mogi, a Pamonhas – “por causa da última subida” - e Lenhador, “por causa da primeira descidona”. “No começo eu achei fácil, mas foi ficando mais difícil porque as subidas eram mais longas e inclinadas. Em algumas subidas eu pensei em desistir, mas queria superar meus limites e consegui. Quando acabou eu fiquei feliz por dois motivos, primeiro por ter completado minha primeira trilha difícil, e segundo porque o rebas estava fazendo 10 anos”, Artur Ventura, contando sobre a experiência no Córrego do Ouro. “A gente estava com muitos amigos que também faziam trilhas que vieram com a gente e a gente ficou perto deles o tempo todo, todos me ajudando e me apoiando. Depois da metade a gente tinha ficado para trás, não muito, mas tinha e então veio a parte interessante, eles tinham deixado galhos ou outras coisas mostrando o caminho certo e então a gente consegui perceber, quando percebi já estava no final, foi muito legal e massa, gostei muito do Rebas do Cerrado, vocês são feras. Já falei pra meu pai que quero ir mais vezes com vocês.”, Rafael Rodrigues, falando sobre sua primeira trilha, no Jardim Botânico, em junho deste ano. Setembro de 2013
|