Olá Visitante




 
Artigos

Câmbio

E-mail mandado por José Roberto Sversut para a lista de discussão do Rebas do Cerrado

----- Original Message -----
From: José Roberto Sversut

Ilustres,
Desta feita gostaria de saber a respeito de cambio, trocador, corrente e cassete. Marcas mais comuns e durabilidade em km. Sei que é relativo, dependo do modo de uso, mas no geral meio terra, meio pista, qd dura o ´câmbio? E a corrente? E a Catraca?. Presumo que Catraca/Coroa/Corrrente dura bem menos, devendo trocar o conjunto, (pra manter boa sintonia),mas mantendo o Câmbio, que não interfere diretamente na transmissao e dura bem mais (e mais caro) Okei? Cambio uso Shimano Sys, trocador easyfire, que acho que é o mod mais simples, mas funciona bem, ao menos por enquanto. Depois, do Shimano, tem Alivio e Deore, mas muito mais karo. Correte KMC (que deve ser bem ruinzinha) Ainda estou de Catraca - Shimano MF-TZ07, tb de ser meia-boca, pelo preço. E aí??
( ) Svrst

Resposta oferecida por Marcelo Ianini, em 20Nov2006, para a lista de discussão do Rebas do Cerrado

Simples perguntas, complexas respostas...
Primeiramente, quanto mais caro as peças, geralmente serão melhores. Não adianta comparar peças de R$10 com XT ou XTR, é covardia.
Por que algumas peças são dezenas e até centenas de vezes mais caras? Fabricação. Materiais mais nobres, procedimentos de metalurgia mais complexos, tornearia, acabamento, status. Geralmente o ponto de equilíbrio entre custo x benefício encontra-se na metade da gama de um catálogo. Entrando no site da Shimano www.shimano.com encontra-se no meio da linha MTB os grupos Alivio e Deore. Excelentes em vários aspectos, são logicamente inferiores aos grupos do top da linha, mas oferecem para 99,9% dos ciclistas uma prestação mais do que adequada. Abaixo dessas linhas começa-se a ter alguns inconvenientes: parafusos não-inox que enferrujam, peças plásticas, menor qualidade na construção, etc.
Quando se compara um câmbio Deore com um TY-20 por exemplo, a precisão do Deore salta aos olhos. A folga desses componentes é dezenas de vezes menor. Isso significará uma maior durabilidade, geralmente os câmbios falecem quando têm uma folga tão alta que não permitem mais ficar numa marcha selecionada. Com um TY-20, esse ponto ocorrerá 10 vezes mais cedo que com um Deore. Só que o Deore custará 5 vezes mais! No custo x benefício, apesar de custar tanto, o Deore tem uma relação da metade considerando a durabilidade maior.
Todos os componentes que você citou são de baixa gama dentro da linha Shimano. A performance deles é aceitável enquanto novos e bem regulados. Após alguns poucos meses de uso, desenvolverão tamanha folga que se tornará um martírio uma mínima condição de regulagem para pedalar. O conselho que te dou é ir trocando as peças aos poucos para Alivio e Deore. A medida em que teus TY/sis forem quebrando invista em Deore/Alivio. É um upgrade que sairá parcelado.
Normalmente a cada 2000-3000km (se fizer trilhas) deve-se trocar a corrente. Corrente prateadas duram mais, pois são mais resistentes a corrosão e ao desgaste superficial. Correntes de inox ou com tratamento térmico duram ainda mais, mas são caríssimas (mais de R$100). Sei que corrente de 6/7/8 velocidades custam na casa de 30 reais as pretas, 40 reais as prateadas. A catraca durará por 2-3 correntes se não as deixar desgastar demasiadamente. No exemplo, se depois de 3000km devia trocar a corrente e prolongar o uso dela por mais 500km, provavelmente irá "mastigar" tua catraca. As coroas normalmente duram 4 correntes, valendo a mesma regra: desde que as troque em tempo. Os câmbios devem ser trocados quando apresentarem folgas que tornem impossível ou muito frequente as regulagens, mas mesmo antes de apresentar folgas deve-se prestar atenção ao estado das roldanas (polias). Quando essas gastarem, devem ser subsituídas, normalmente junto com as coroas. O ideal de manutenção é aproximadamente esse.
Existem diversos modelos de corrente KMC, alguns são excelentes e até melhores que os Shimano top de linha. De qualquer forma, como são itens de rápido consumo, deixe tua corrente até acabar com a vida útil dela.
Abraço,

Marcelo

Marca registrada Rebas do Cerrado - Nota de rodapé do site

A primeira versão deste site foi desenvolvida por Eliézer Roberto Pereira, o Bob King, um dos fundadores do Rebas do Cerrado, falecido em dezembro de 2004. Uma nova versão foi elaborada por Marcelino Brandão Filho, também fundador e coordenador do grupo por 6 anos e um dos responsáveis pela introdução do jeito Rebas de organizar e conduzir nossos eventos. até seu falecimento em julho de 2013. Em homenagem aos dois fundadores procuramos manter o 'layout' original.

As marcas Rebas®, Rebas do Cerrado® e o logotipo®  do Grupo Rebas do Cerrado são Marcas Registradas® no Instituto Nacional de Propriedade Industrial(INPI). Todos os Direitos Reservados.