Domingo, completou um ano que fiz a minha primeira trilha.
Comprei a bike no sábado, dia 29/05 e no domingo dia 30/05, meu querido irmão
Kleber me levou para fazer a trilha da Bundinha. A trilha era a Bundinha e
Taboquinha juntas. Eu, achando que ia abafar já que não era sedentária há mais
de um ano. Afinal de contas eu tinha vencido a obesidade mórbida e um problema
de tireóide.
Quase morri...Meu rosto latejava e meu irmão sorria...Vi que a
coisa era muito mais pesada que eu imaginava, mas apesar do meu estado, me
diverti bastante. E claro, me apaixonei !!! Algumas pessoas ficaram bem gravadas
na minha cabeça naquela minha primeira trilha e guardo esta lembrança com muito
carinho. Sem dúvida o que mais me marcou foi a receptividade do Bob e os
cuidados do Marcelino como limpa-trilha.
Não vou contar trilha a trilha, mas a segunda merece um destaque: Planaltina
Histórica. A coordenação recebeu o convite para a trilha de Planaltina como
fácil e lá fui eu, acompanhada do meu irmão e da minha amigona Andréa que
convidei para experimentar a tal brincadeira.
Levei um tombão empurrando a bike
numa vala. Cai sentada, acertei uma pedra e torci o tornozelo. Uma dezena de
pessoas me socorreu, inclusive pessoas dispostas a me carregarem no colo!!!
Imagina eu, deste tamanhinho, no Vale Perdido que não entra carro sendo
carregada???? E o que era pior: além de me carregarem seria necessário outros
para carregar as bikes, tanto a minha como a de quem estava me carregando.
Situação complicadíssima. Derramei algumas lagrimas na hora, mas a vontade era
de abrir o berreiro e gritar de dor. Ao contrário, subi na bike e pedalei com um
pé só até onde eu poderia esperar meu irmão buscar o carro.
Cuidei do tornozelo com todo zelo e ontem ele doeu, acho que porque o tempo
esfriou e também para me lembrar de tudo que ocorreu após a queda. Esta queda me
aproximou muito dos Rebas.
Antes de qualquer trilha eu procurava me informar
sobre o nível de dificuldade e quais cuidados deveriam ser tomados, ligava para
o Bob e ele me informava como eu deveria proceder. Depois ele me ligava querendo
saber o que eu tinha achado da trilha e desta maneira vieram os convites para os
primeiros exploratórios.
Uma exigência para a dimensão que o grupo estava
tomando. E com isto, foi crescendo uma amizade e um compromisso meu com o Rebas
naturalmente.
Tenho fama de chorona e foram muitas as lagrimas derramadas neste ano
REBAS...Lagrimas de dor, lagrimas por ter ficado para trás e me sentindo um
cachorrinho que caiu da mudança. Lagrimas pela perda de um grande amigo e que
até hoje não consigo entender como podia gostar tanto de uma pessoa com tão
pouco tempo de
Muitas lágrimas de alegria, pela superação minha e
dos iniciantes, lágrimas no CEEDV, lágrimas pela incompreensão da família e
amigos que exigiam minha companhia, quando o que eu mais queria era pedalar,
pedalar....por brincadeiras que me pegaram fragilizada....por email, com relatos
emocionados.
Enfim, acho que dava para encher uns dois baldes!!!! Um saldo muito
positivo.
Os amigos que fiz e que quero cultivar pela vida toda é o maior ganho. Não
preciso citar nomes, porque eles sabem disto e já tive oportunidade de falar
isto para eles.
O avanço no pedal não é assim....tão perceptível. Concentro minhas energias em
outras coisas... Oba!! Agora, tenho minha filha junto nas trilhas...
Os sentimentos de solidariedade e companheirismo também aumentaram e com estes
posso encher dois tonéis. Minha auto-estima foi às alturas. Em dificuldades,
seja de qualquer natureza, sempre me lembro que se posso chegar pedalando em
Piri ou em Alto-Paraíso...Eu posso muito mais!!!!
Um beijo a todos,
Ju